No dia 13 de abril de 2024 na FGV Arte, a artista paraense Lúcia Gomes realizou uma série de performances e ações com a participação do público da FGV Arte. Artista plástica, performer, formada em Pedagogia pela UFPA, Lúcia Gomes se destaca pela atuação política por meio de obras participativas e performances de denúncia dos abusos de poder. A participação do público é essencial em suas obras, e os diálogos, brincadeiras e intervenções abordam questões sociais e políticas observadas atentamente pela artista.
Happenings:
Zuiuu ou PAPAZ: A artista convida as pessoas para rebater balões, inicialmente deitadas ou sentadas, até ficarem em pé e formarem uma massa colorida e heterogênea.
Resistência: A artista convoca o público a homenagear a Resistência Internacional da II Guerra Mundial com uma guerra de travesseiros recheados de balões.
Performances:
Pacífico: A artista caminha pelo espaço com um pedaço de giz, observando o público. Escolhe uma pessoa para desenhar um coração em volta dela. Em seguida, olhando nos seus olhos, pergunta “Posso sentir seu coração?”. Ela aguarda a resposta: se negativa, ela agradece e vai embora. Se positiva, ela tira os sapatos e entra no coração. A artista então olha fixamente nos olhos do participante por alguns minutos. Depois, fecha os olhos, abre-os, sorri e calça seus sapatos, agradece, sai do coração e continua a caminhar.
Para Nunca Esquecer: Performance criada pela artista com o objetivo de colaborar com a consolidação da democracia brasileira, de estimular o movimento por justiça e por verdade. Assim, ela se soma às vozes que denunciam o esquecimento dos horrores imputados àqueles que ousaram resistir durante a ditadura militar de 1964-1985 no Brasil. Para nunca esquecer as torturas, as execuções e a supressão das liberdades democráticas, a artista se apropria do espaço com uma girândola de miriti na cor preta, pedindo justiça.
Da Série Não Compramos Votos: A artista percorre os espaços distribuindo pirulitos com a inscrição: "Não Vendo Meu Voto!"
Projeção/intervenção:
O Pior Cego é Aquele que Não Quer Ver! : A artista projeta a frase: "Mais de 600 mil mortos de COVID!", provocando o público a refletir sobre a incompatibilidade do genocídio, mesmo que de origem pandêmica, com a democracia.
